Dados do Trabalho
Título
CISTECTOMIA RADICAL ROBOTICA NA MULHER, PROGRAMA DE CIRURGIA ROBOTICA HUPE/UERJ
Resumo
Introdução: A realização da cistectomia pode ser por via aberta ou laparoscópica, essa última podendo ser robô assistida. O programa de cirurgia robótica do HUPE/UERJ iniciou em Fevereiro de 2019 e o Programa de Cistectomia Robótica em Setembro de 2019. Optamos por realizar todas as derivações intracorpóreas, mesmo nos casos iniciais. Nesse vídeo apresentamos uma cistectomia robótica com derivação intracorpórea, Bricker, em mulher. Pacientes e métodos: No período de 05/09/2019 a 30/05/2021 foram realizadas trinta e seis cistectomias radicais, sendo 27 abertas e 9 robóticas, Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 65,8 anos (61 a 72) e apenas uma mulher de 70 anos, sete pacientes (78%) tinham tumor avançado pT3 e 4. O tempo médio de cirurgia foi de 368 minutos (240 a 465), a cirurgia deste vídeo, cistectomia com derivação a Bricker, durou 450 minutos. O tempo médio de internação foi de 16,7 dias (4 a 43) e as complicações ocorreram em 4 pacientes 44,5%, sendo duas Clavien Dindo 2 e duas 3. Não ocorreu óbitos. Discussão: Este vídeo mostra a técnica de cistectomia robótica na mulher, que tem algumas particularidades pois compreende a remoção em conjunto do útero e anexos, além de toda a uretra em muito casos. Neste caso, devido ao estreitamento vaginal ocasionado pela idade da paciente, as peças tiveram que ser separadas, sem violação do trato urinário, ficando a bexiga, uretra e parte da vagina em uma peça, útero, anexos e parte da vagina em outra e os gânglios da linfadenectomia em outra parte, sendo todas as peças retiradas pela vagina. A reconstrução intracorpórea é a parte tecnicamente mais desafiadora da operação e pode representar uma barreira para a adoção desta técnica. O nosso programa foi desenhado para iniciar já com a confecção da derivação totalmente robótica, intracorpórea sendo a preferência de conduto Ileal na mulher e Neobexiga Ileal em homem. Esta paciente teve complicação Clavien Dindo 2, pielonefrite no pós operatório.
Conclusão: A cistectomia robótica na mulher que envolve um volume maior de ressecção pois necessita da remoção do útero, anexos e parte da vagina pode ser realizada com a mesma técnica e a retirada das peças pela vagina em bloco ou separadamente, sem violação do tumor.
Palavras Chave ( separado por ; )
ancer de bexiga; cirurgia robótica; cistectomia; derivação urinária
Área
Uro-oncologia
Instituições
HUPE/UERJ - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
FABRICIO BORGES CARRERETTE, JOÃO GHILHERME SOUZA, LUCAS GRAÇA ARANHA DE OLIVEIRA COUTO, SERGIO LOGAR, DANIELA BOUZAS, RUI TEOFILO FIGUEIREDO, CELSO COSTA LARA, PAULO SALUSTIANO, VICTOR DUBEUX, RONALDO DAMIÃO