Dados do Trabalho
Título
ABORDAGEM CIRURGICA DE LINFEDEMA PENOESCROTAL IDIOPATICO GIGANTE COM USO DE ENXERTO DE PELE
Resumo
Introdução: O linfedema é consequência da redução do fluxo linfático com aumento da região acometida. A forma genital é a 3ª mais frequente, atrás dos membros superiores e inferiores. Tem incidência de até 20% em países tropicais, mas é pouco frequente na prática clínica. Pode ser primário (idiopático) ou secundário. Nos países desenvolvidos a principal causa é a malignidade (pelo esvaziamento ganglionar ou radioterapia associados). Já nos países em desenvolvimento, é devido à filariose. A doença é física e emocionalmente desconfortável, sendo incapacitante pela dor, dificuldade de higiene, mobilidade e prejuízo nas relações sociais e sexuais. A intervenção cirúrgica é considerada a melhor opção de tratamento e consiste na excisão do tecido afetado e fechamento primário, ou reconstrução com enxertos e retalhos. Essa abordagem traz benefícios funcionais, estéticos e melhora na qualidade de vida. Objetivo: Apresentar vídeo da abordagem cirúrgica de linfedema penoescrotal idiopático gigante. Métodos: Revisão de literatura e apresentação em vídeo. Resultados: A.E.K, masculino, 49 anos, natural e procedente de Curitiba-PR, chegou ao serviço de Urologia queixando-se de aumento progressivo e volumoso em região penoescrotal, há 6 anos. Negava quaisquer outros sintomas. Ao exame físico, evidenciado linfedema penoescrotal gigante. Na Ressonância Nuclear Magnética: acentuado aumento do volume da bolsa testicular secundário à edema difuso de subcutâneo e espessamento da parede escrotal, compatível com linfedema e processo inflamatório na pele da bolsa testicular. Durante investigação não foram identificadas causas, sendo o linfedema classificado como idiopático. Paciente foi submetido a ressecção de Linfedema Penoescrotal com Enxerto de Pele Parcial (de face lateral de coxa direita) pelas equipes de Urologia e Cirurgia Plástica. Procedimento ocorreu sem intercorrências. Retirado dreno de penrose no 6 pós-operatório. Ambulatorialmente, a sonda vesical e os pontos foram retirados nos 8 e 23 pós-operatórios, respectivamente. Conclusões: O linfedema peno escrotal gigante é uma anomalia linfática incomumente encontrada no cotidiano médico, mas substancialmente prejudicial à qualidade de vida do paciente. É geralmente associada à filariose, mas pode apresentar-se de forma idiopática. O manejo cirúrgico com retirada do tecido afetado e reconstrução genital é o método de escolha para recuperação das capacidades físicas e emocionais dos pacientes acometidos.
Palavras Chave ( separado por ; )
Linfedema; Penoescrotal; Tratamento Cirúrgico.
Área
Trauma / Uretra / Urologia Reconstrutora
Instituições
UFPR - Paraná - Brasil
Autores
IVAM VARGAS MARTINS DA SILVA, RODRIGO KETZER KREBS, RENATO DA SILVA FREITAS, LUCIANO RICARDO SFREDO, DANIEL AUGUSTO MAUAD LACERDA, BRUNO CESAR MALTAURO MOLINA CAMPOS, FABIANE ZIVANOV ROXO, MAITE MATEUS, LEONARDO FLEURY DA SILVA