Dados do Trabalho
Título
CORPOROPLASTIA COM ENXERTO DE MUCOSA ORAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE PEYRONIE
Resumo
Introdução: Doença de Peyronie (DP) é uma enfermidade que acomete aproximadamente 7% dos homens. Em casos de curvatura peniana complexa o tratamento consiste na incisão da placa com cobertura do defeito da túnica albugínea com enxertos. O enxerto de veia safena ainda é considerado o tecido autólogo mais amplamente utilizado para tal finalidade, entretanto sua obtenção e preparo são no geral considerados trabalhosos pela maioria dos especialistas nessa área. O enxerto de mucosa oral habitualmente vem sendo utilizado por urologistas reconstrutores para o reparo de estenoses de uretra e vem ganhando espaço no tratamento da DP como uma alternativa de enxerto autólogo, sendo também considerado por alguns autores uma segunda opção na ausência de enxerto sintéticos biocompatíveis. Objetivo: Apresentar a técnica de corporoplastia com enxerto de mucosa oral para o tratamento de Doença de Peyronie. Métodos: O vídeo demonstra a cirurgia realizada em um paciente de 52 anos, com quadro de DP há 2 anos, sem resposta ao tratamento clínico, apresentando dificuldade de penetração ao longo da progressão do quadro. A ereção no momento encontrava-se preservada e durante exame físico era possível palpação de placa fibrótica, com cerca de 2cm de comprimento, em porção lateral esquerda do pênis. Um teste de ereção foi realizado evidenciando uma curvatura complexa, de aproximadamente 93 graus. A cirurgia se iniciou com incisão subcoronal e desenluvamento peniano. A fáscia de Buck foi incisada e o feixe vasculho-nervoso isolado. Uma ereção artificial foi realizada no intraoperatório demonstrando o ponto de máxima curvatura. A placa foi incisada na forma de “H”, criando um defeito retangular na túnica albugínea. Um enxerto de mucosa jugal, medindo 3x5cm, foi confeccionado de acordo com a técnica descrita por Morey et al. (1996). O enxerto foi fixado no defeito da albugínea com sutura contínua de PDS 5-0. Resultados: Temos um total de 5 pacientes submetidos a essa técnica. Todos ficaram internados por 48 horas e iniciaram dieta liquida no dia seguinte da cirurgia. A relações sexuais foram liberadas a partir de 8 semanas. De complicações relevantes destacou-se um caso de infecção de ferida operatória, que foi manejada com antibioticoterapia e curativos com equipe de enfermagem, evoluindo de forma satisfatória. Conclusão: Corporoplastia com utilização de enxerto de mucosa oral é um procedimento viável como alternativa para pacientes com curvaturas penianas complexas.
Palavras Chave ( separado por ; )
induratio pênis plástica; doença de peyronie; curvatura peniana; enxerto; mucosa oral.
Área
Trauma / Uretra / Urologia Reconstrutora
Instituições
Hospital Ophir Loyola - Pará - Brasil, Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil
Autores
LUIS OTAVIO AMARAL DUARTE PINTO, KATIA SIMONE KIETZER, EDUARDO ALENCAR CARVALHO, JOSÉ RICARDO TUMA DA PONTE