Dados do Trabalho


Título

O CENARIO DO TRANSPLANTE RENAL NO MARANHAO

Resumo

Introdução: o transplante renal é considerado o padrão ouro no tratamento da doença renal terminal. Apesar de ocupar o segundo lugar do ranking mundial de transplantes renais em números absolutos, o Brasil se encontra na 32ª posição quanto ao número desses procedimentos realizados por milhão de pessoas (pmp). Ademais, o país é marcado por desigualdades na distribuição dos transplantes: 25% dos procedimentos realizados ocorrem nas regiões Sul e Sudeste; as regiões Norte e Nordeste apresentam os números mais baixos. O Maranhão possui um dos menores PIB per capita da federação, e carece de análise na literatura científica sobre o cenário dos transplantes renais no Estado. Objetivo: apresentar e discutir as principais características dos transplantes renais no Estado do Maranhão, a fim de proporcionar estratégias para a melhoria desses indicadores. Metodologia: foi realizada revisão dos Dimensionamentos dos Transplantes no Brasil, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, de 2017 a 2020. Após isso, os dados foram agregados com o Microsoft Excel e catalogados por ano. Principais achados: O Maranhão possui dois centros transplantadores, e ocupa a penúltima posição no ranking de transplantes (pmp), registrando, em 2020, 1,6 transplantes (pmp). O número absoluto de transplantes realizados nos últimos anos mostrou-se em queda: de 2017 a 2020, foram realizados, respectivamente, 47, 31, 25 e 11 transplantes renais. O Estado ocupa a 23ª posição no ranking de percentual de efetivação de doadores em relação ao número de notificações, tendo a maior razão de efetivação por notificação já alcançada de apenas 13%, em 2015. Entre 2017 e 2020, dos 45 transplantes renais realizados, 20 foram de doadores do sexo feminino e 25 do sexo masculino. Dentre eles, 17 tiveram como causa do óbito traumatismo cranioencefálico, 23 por acidente vascular cerebral e 5 por outras causas não especificadas. Não havia doadores com idade ≤ 10 anos ou ≥ 65 anos. Registrou-se três doadores entre 11 e 17 anos, doze doadores entre 18 a 34 anos, dezoito doadores entre 35 a 49 anos e doze doadores com faixa etária entre 50 a 64 anos. O grupo sanguíneo prevalente é do tipo O, com 26 doadores, seguido de 14 doadores com o tipo A, 3 do grupo B e 2 correspondentes ao grupo AB. Conclusão: são realizados poucos transplantes renais no Maranhão devido ao baixo número de doadores efetivos e à escassez de centros transplantadores.

Palavras Chave ( separado por ; )

transplante renal; Brasil; doença renal terminal; doação de órgãos; Maranhão

Área

Transplante Renal / Miscelânea

Instituições

Hospital Universitário Presidente Dutra - Maranhão - Brasil, Universidade Federal do Maranhão - Maranhão - Brasil

Autores

VICKTOR BRUNO PEREIRA PINTO, JOÃO RICARDO BUHATEM CHAVES SILVA, KARYNE COSTA CAVALCANTE, JANDREY PAULO JULIÃO DE SOUZA, RAFAEL CAMPOS SILVA, TEREZA CRISTINA MONTEIRO DE MELO PRAZERES