Dados do Trabalho
Título
ANALISE DAS ADRENALECTOMIAS REALIZADAS PELO SERVIÇO PUBLICO DE SAUDE DE SAO PAULO ENTRE 2008 E 2019
Resumo
Introdução: O tratamento do tumor adrenal benigno (hormonalmente ativo ou não funcional) e maligno pode incluir a adrenalectomia. Tumores adrenais maiores que 4 cm, mesmo não funcionantes, devem ser tratados cirurgicamente pela possibilidade da presença de carcinoma e pela agressividade da doença com tratamentos adjuvantes de baixa eficácia.
A experiência dos cirurgiões e a cirurgia realizada por cirurgiões de alto volume foram associadas a menos complicações e menor custo. No Brasil, a maioria dos pacientes depende dos serviços públicos de saúde, também conhecidos como SUS (Sistema Único de Saúde), para tratamento médico. São Paulo possui a 8ª maior população mundial, e estima-se que em 2016, tinha aproximadamente 12 milhões de habitantes e quase 5 milhões deles dependiam do SUS.
Objetivo: Objetivamos descrever e comparar o número de cirurgias, a taxa de mortalidade e o tempo de internação por adrenalectomias realizadas entre 2008 e 2019 na rede pública de saúde de São Paulo.
Métodos: Este foi um estudo ecológico retrospectivo. Os dados foram coletados por meio do banco de dados disponível na Plataforma TabNet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os desfechos analisados incluíram o número de cirurgias realizadas, a taxa de mortalidade durante a internação e o tempo de internação. Os hospitais públicos de São Paulo foram divididos em três subgrupos de acordo com o volume cirúrgico das adrenalectomias realizadas e os hospitais com e sem programa de residência em Urologia, e os resultados foram comparados entre eles.
Resultados: Foram realizadas 943 adrenalectomias em São Paulo entre 2008 e 2019. Comparando instituições com programas de residência e sem programas de residência; tempo de internação, internação em UTI, mortalidade e custos não mostraram diferenças significativas entre os dois grupos. O tempo médio em dias de permanência na UTI foi de 2,8 em médio volume e 1,12 em alto volume (análise entre centros de médio e alto volume com significância estatística, p = 0,016).
Conclusões: A permanência na UTI foi menor em centros de alto volume do que em centros de volume intermediário o que pode ser explicado pela expertise adquirida na realização de adrenalectomias em grandes centros e no cuidado perioperatório desses pacientes.
Palavras Chave ( separado por ; )
Glândula adrenal; adrenalectomia; neoplasia da glândula adrenal
Área
Uro-oncologia
Instituições
Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil
Autores
GUILHERME MIRANDA ANDRADE, SAULO BORBOREMA TELES, ALAN ROGER GOMES BARBOSA, BRENO SANTOS AMARAL, ANTONIO OTERO GIL, JOSÉ MONTEIRO JÚNIOR, MARCELO APEZZATO, GUSTAVO CASERTA LEMOS, ARIE CARNEIRO