Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE INCIDENCIA DE NEOPLASIA DE PROSTATA METASTATICA ANTES E DURANTE A PANDEMIA POR SARS COV2.

Resumo

Introdução: O câncer de próstata (CaP) está entre as principais lesões oncológicas no homem, sendo no Brasil, a neoplasia maligna mais comum, desconsiderando-se os de pele não melanoma. Tal medida consiste na pesquisa anual do Antígeno Específico da Próstata (PSA) e o toque retal, apresentando resultados, quando positivos para câncer de próstata de 78% com doença localizada e 6% com metástases a distância. A pandemia SARS-COV2 tem impactado na diminuição de novos diagnósticos neoplásicos, assim como o seu tratamento. Pacientes com câncer conhecido ou suspeita ou com fatores de risco para tal, são vulneráveis a dada situação primeiro pelo adiamento das consultas de rastreamento ou acompanhamento e segundo porquê esses pacientes tem maiores riscos para doenças mais graves do COVID-19, seja isto pela idade, quanto pela imunossupressão tumoral e de possíveis tratamentos para este. Com base na aparente diminuição do número de pacientes novos em ambulatórios de uro-oncologia e aparente aumento dos que se apresentavam com CaP metastático “de novo” com metástase prostática em admissão ambulatorial, avaliou-se necessidade de estudar a frequência de pacientes com CaP metastático “de novo”
Metodologia: levantamento de prontuário de pacientes novos em ambulatório de Urologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo do período de Janeiro de 2018 até Maio de 2021, traçando-se o perfil epidemiológico e a incidência desta lesão já em estádio avançado antes e durante a pandemia.
Resultados: O trabalho compreendeu um montante de 170 pacientes. Destes, 51 pacientes (30%) no período de Janeiro de 2020 até Maio de 2021, período considerado como a vigência da pandemia e os demais, 119 (70%), como anteriores a esta. Ao todo foram 24 novos casos da categoria (CaP metastático “de novo”) em pesquisa, sendo 12 pacientes durante a janela de intervalo dito como grupo de estudo, com incidência de 23.52% e os demais 12 pertencendo ao intervalo prévio a pandemia, com taxa de incidência de 10.08%. Ficou-se evidente que a pandemia gerou maiores incidências de câncer prostático metastático tanto pelo atraso do paciente na procura de tratamento especializado e na diminuição do rastreio oncológico.
Conclusão: É notória a diferença em relação à literatura pré pandemia da porcentagem de pacientes com CaP metastático que iniciam segmento urológico. Sendo assim, a importância de conscientização ao rastreio e procura por segmento precoce deve ser intensamente estimulada.

Palavras Chave ( separado por ; )

Câncer de Próstata ; COVID 19; Metástase

Área

Uro-oncologia

Instituições

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

JOAO JORGE SAAB FILHO, JORGE RICARDO GOIS E CUNHA, SERGIO PAOLILLO JUNIOR, MARCEL KENDI TAKADA, GIOVANNI DERMATINO, PEDRO DIEB MINGIONE, RAFAEL ERNST GRUNEWALD, MARCOS BROGLIO, RONI CARVALHO FERNANDES, LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO