Dados do Trabalho


Título

RELAÇAO ENTRE O PERFIL DE PACIENTES INTERNADOS POR UROLITIASE E OS GASTOS PUBLICOS DECORRENTES DESSA CONDIÇAO: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA ULTIMA DECADA

Resumo

Introdução: A urolitíase é uma doença conhecida há séculos, tendo sua fisiopatologia relacionada a fatores que vão desde anormalidades anatômicas, até distúrbios metabólicos, história familiar e fatores dietéticos. Sua prevalência mundial está entre 5-12%, sendo uma condição mais comum especialmente em adultos jovens. O Brasil, tendo uma população predominantemente nessa faixa etária, passa a apresentar um conjunto de agravantes e gastos públicos em saúde por essa condição. Objetivos: O objetivo do trabalho é analisar, estatisticamente, os perfis epidemiológicos dos quadros de urolitíase no Brasil, entre os anos de 2010 a 2020, segundo as principais características da patologia. Métodos: Estudo epidemiológico, cujas informações contidas foram obtidas por meio de uma revisão da literatura e de uma coleta no banco de dados do DataSus, no período de 2010 a 2020, sobre os aspectos epidemiológicos referentes à urolitíase no Brasil, focalizando na avaliação do perfil dos grupos mais prevalentes com essa condição, no número de internações e nos respectivos gastos públicos por tal etiologia. Resultados: Durante a última década, foram registradas 825.556 internações por urolitíase no Brasil, sendo o ano de 2019 o de maior prevalência, com 89.490 internações, enquanto 2011, com 66.825, o ano com o menor número de internações. Constatou-se que a região Sudeste do país apresentou a maior ocorrência, com 47% do total nacional, enquanto a região Norte registrou apenas 5,4% dos casos. Em relação ao perfil dos pacientes internados, há leve predominância do sexo masculino, com 50,2% internações, além de maior prevalência em caucasianos na faixa etária entre 30 e 39 anos. Não obstante, foram registrados 2.805 óbitos entre os pacientes internados, o que confere uma taxa de mortalidade de 0,34%. Dos pacientes internados por urolitíase que vieram a óbito, 50,7% eram do sexo feminino e 60,5% estavam na faixa etária de mais de 60 anos. Conclusão: A análise epidemiológica demonstra um aumento da prevalência de internações por urolitíase no Brasil na última década. Homens e mulheres têm proporção muito semelhante nas internações, sendo no geral pacientes caucasianos, com faixa etária entre 30-39 anos. A taxa de mortalidade é baixa, predominando em pacientes acima de 60 anos. Nesse sentido, estabelecer o perfil epidemiológico de urolitíase no contexto brasileiro auxilia não apenas a embasar políticas públicas, bem como reduzir gastos governamentais.

Palavras Chave ( separado por ; )

Urolitíase; Urologia; Epidemiologia dos Serviços de Saúde; Brasil.

Área

Litíase / Endourologia

Instituições

Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

THIAGO KINGESKI ANDREOLI, EDUARDO BELTRAME MARTINI, BRUNA ROSSETTO, EUGÊNIA DUCOS MARTINS MEDICI, CAIO DE SOUSA BERNARDES, VÍTOR BORDIN SCHMIDT, ALINE AIOLFI, CAMILA SILVEIRA IPLINSKI