Dados do Trabalho

Título

EXPERIENCIA DE UM CENTRO DE TRANSPLANTE RENAL NA PADEMIA COVID19

Resumo

O Brasil é pioneiro e ocupa lugar de destaque no cenário internacional em relação a realiazacao de transplantes.Porem, como esperado, a pandemia da Covid19 impactou diretamente essa estatística e a vida dos pacientes que aguardam por um órgão na fila.Mostraremos uma análise retrospectiva do numero de transplantes renais realizados no Hospital São Francisco de Assis, 2019 e 2020.Em 2019, o Brasil realizou um total de 6295 transplantes renais sendo 5219 de doador falecido (DF) e 1076 doador vivo (DV).Ja em 2020, 4805 transplantes sendo 4364 DF e 441 DV. Ja no nosso centro, em 2019 foram realizados 266 transplantes sendo 256 DF e 10 DV. Em 2020, 236 transplantes sendo 235 DF e 1 DV, este ultimo realizado antes da recomendação da suspensão de transplantes intervivos por parte das entidades reguladoras. Em paralelo, no ano de 2020, 9064 pacientes foram inscritos na lista a espera de um rim no Brasil, sendo 542 faleceram na lista esperando pelo órgão. (gráfico). Comparando o estado do Rio de Janeiro, onde o centro se encontra, este numero é ainda mais impressionante. Em 2019 foram realizados 496 transplantes renais sendo 431 DF e 65 DV. Em 2020, 390 transplantes sendo 351 DF e 39 DV. Ou seja, em 2019, nosso centro realizou 53 % dos transplantes do estado e 60% durante a pandemia.Este numero so não foi maior pois respeitamos integralmente a recomendação de não realizar transplantes intervivos durante a pandemia.Dos transplantados em 2020, 17 contraíram covid 19 e 7 faleceram, resultando numa taxa de letalidade de 2.55% e 2.9% respectivamente, ao ponto que a taxa de letalidade geral pela doença no estado do Rio de Janeiro é de 17%.ante a dialise com outros pacientes. Alem disso, a estimativa da sobrevida do paciente em dialise é menor do que a do transplantado podendo ser hospitalizado por complicações da doença de base e infectando pelo coronavirus durante essas idas ao pronto socorro. É razoável que fosse contraindicado a realização do transplante intervivos neste período pelo risco de expor um individuo saudável a uma doença de comportamento incerto. A pandemia trouxe desafios aos centros transplantadores e impactou diretamente os pacientes em lista na espera por um rim, mas nossa experiencia durante uma analise retrospectiva, mostra que não houve influencia significamente negativa na realização de transplante renal de doador falecido quanto a ocorrência da doença e óbito desses pacientes em decorrência do coronavirus.

Palavras Chave ( separado por ; )

transplante renal; covid19; pandemia