Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE A PRECISAO DE EXAMES DE IMAGEM UTILIZADOS PARA DIAGNOSTICO DA LITIASE URETERAL DURANTE A CRISE DE COLICA URETERAL.

Resumo

Introdução: A litíase ureteral é definida pela presença de um ou mais cálculos no ureter, sendo uma causa frequente de consultas em emergências médicas. Os métodos de diagnóstico complementares, para sua pesquisa, já atingiram grandes avanços. O atual cenário de discussão, diz respeito à vantagem da utilização do exame de tomografia computadorizada (TC) em detrimento da ultrassonografia (US), que em muitos serviços é o exame de escolha inicial. A US é utilizada para a detecção de cálculos renais desde 1961, visto que possui boa sensibilidade, detectando inclusive cálculos não opacos, como os de ácido úrico. Contudo, a superioridade da sensibilidade da TC em relação à US para casos de ureterolitíase, parece ser de grande valia, principalmente, para o diagnóstico de cálculos que não respeitam os parâmetros frequentes de medida, composição e tempo de evolução.
Objetivos: Comparar a precisão do diagnóstico realizado entre a utilização de US e a TC em casos de ureterolitíase.
Metodologia: Entre o período de janeiro 2016 e abril de 2021 foram realizadas 651 ureterolitotripsias trans-ureteroscópicas em pacientes diagnosticados com cálculo ureteral, provenientes do serviço de Urologia do Hospital Santa Cruz em Santa Cruz do Sul-RS. Os exames de US e TC foram utilizados para a localização dos cálculos, sendo a escolha de acordo com a preferência do profissional durante o atendimento inicial.
Resultados: Dos 651 casos, foram realizadas 266 US e 516 TC para diagnóstico. Alguns pacientes realizaram os dois exames, principalmente quando houve falha da US. Dos 266 pacientes que foram submetidos à US, 100 não evidenciaram calculose, sendo necessária a utilização da TC para confirmação. A partir da análise dos dados, observou-se que em apenas 62,5% dos casos o exame de US foi eficaz no diagnóstico, ao contrário da TC que foi de 100%.
Conclusão: A habilidade da US em detectar cálculos renais mostra-se dependente de seu tamanho, sendo grande parte dos cálculos <5 mm de diâmetro não visualizados. Assim, a TC mostra-se muito mais versátil, podendo ser utilizada para confirmação, localização da obstrução, informações sobre a anatomia e as variantes anatômicas relevantes. Esses dados apresentados ajudam a formulação de protocolos para diagnóstico preciso de litíase em emergências.

Palavras Chave ( separado por ; )

litíase ureteral, ureterolitiase, ureterolitotripsia

Área

Litíase / Endourologia

Instituições

UFCSPA - Rio Grande do Sul - Brasil, UNISC - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

HENRIQUE PY LASTE, JOAO VICENTE LASTE RODENBUSCH, ISABELA TERRA RAUPP, MORGANA PIZZOLATTI MARINS, GABRIEL FELIPE TOSTA, SANDRO EDUARDO LASTE, PAULO ROBERTO LASTE