Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO POR RESSONANCIA MAGNETICA DE CARCINOMA MULTICENTRICO DE CELULAS UROTELIAIS (ENVOLVIMENTO DA BEXIGA E PELVE RENAL)

Resumo

Carcinoma de células uroteliais (UCC) do trato urinário pode-se desenvolver na pelve renal, ureter, bexiga e uretra. Constituem cerca de 5% dos tumores renais. Os UCCs são mais freqüentes na bexiga, seguidos da pelve renal e menos comuns em ureteres. São mais freqüentes em homens entre 60-70 anos de idade. Na apresentação destaca-se hematúria, eventual hidronefrose e cólica mimetizando litíase renal.
Geralmente são detectados de forma isolada em algum sítio das vias urinárias, surgindo posteriormente em outros territórios, mesmo depois de amplas ressecções cirúrgicas.
Comprometimento bilateral também tem sido relatado. O envolvimento concomitante de mais de um sítio das vias urinárias motivou a apresentação do atual relato com destaque para a ressonância magnética, cujo emprego para este fim somente agora começa a se destacar devido os avanços técnicos recentemente disponibilizados.
RELATO DE CASO
Paciente sexo masculino 79 anos de idade procurou assistência médica por episódios de franca hematúria sem evidências de dor abdominal significativa. Ausência de alterações prostáticas ou histórico de cálculos renais e/ou hipertensão arterial. O mesmo por receio ao uso de contraste iodado optou pela alternativa de realizar ressonância magnética pélvico-abdominal.
O exame demonstrou a presença de vegetações aderidas/oriundas do relevo interno da parede da bexiga e volumosa falha de enchimento com origem na face interna medial da pelve renal, ocupando este compartimento. Estas vegetações sofreram discreto realce após injeção de agente paramagnético (gadolíneo) e devido morfologia e topografia suscitou a possibilidade de tratar-se de apresentação multicêntrica de UCC, confirmado por cistoscopia com biópsia.
COMENTÁRIOS
Avaliados por ressonância magnética os UCCs são isointensos ao parênquima renal. Após gadolínio EV, os UCCs realçam, mas menos do que o parênquima renal normal, contrário ao carcinoma renal que habitualmente sofrem expressivo realce. A maior possibilidade de diferenciação entre estruturas de partes moles permite a ressonância magnética melhor delineação de tumores no interior das vias urinárias, envoltos por urina, assim como avaliar os pontos de inserção ou origem dos mesmos, auxiliando na definição de invasão das camadas mais profundas dos sítios acometidos. Soma-se a este fato a oportunidade de pesquisar metástases ósseas e a adição de uma nova possibilidade de avaliação propedêutica em pacientes com potenciais reações adversas a contraste iodado.

Palavras Chave ( separado por ; )

Ressonância Magnética; Tumor Urotelial; Pelve Renal; Bexiga; Ureter; Carcinoma

Área

Uro-oncologia

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA - UFTM - Minas Gerais - Brasil

Autores

LEONARDO CUNHA GONÇALVES, LUIZA CUNHA GONÇALVES, ELMAR GONZAGA GONÇALVES, ADRIANA RODRIGUES DA CUNHA