Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO DE FATORES PROGNOSTICOS PARA O SUCESSO DA RECUPERAÇAO ESPERMATICA CIRURGICA POR PUNÇAO EPIDIDIMARIA EM PACIENTES VASECTOMIZADOS-ANALISE DE 288 CASOS

Resumo

INTRODUÇÃO: Até 6% dos homens submetidos à vasectomia manifestam desejo de paternidade subsequente. As opções para reestabelecimento da fertilidade são a reconstrução microcirúrgica e a fertilização in vitro (FIV) com recuperação cirúrgica de espermatozoides. A técnica mais comum utilizada nestes casos é a aspiração de espermatozoides epididimários (PESA).
OBJETIVO: Avaliar os fatores prognósticos do insucesso da PESA na recuperação espermática em pacientes portadores de azoospermia obstrutiva devido a vasectomia.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo através da análise de prontuário de pacientes portadores de azoospermia obstrutiva secundária a vasectomia, submetidos à PESA e/ou TESA para recuperação espermática para realização de FIV, que se submeteram ao procedimento entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019 no Instituto Ideia Fértil, Santo André – SP. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo PESA no qual foram incluídos pacientes cuja recuperação espermática por PESA foi bem-sucedida e grupo TESA formado por pacientes que necessitaram de recuperação testicular de espermatozoides. As variáveis analisadas foram dados clínico-laboratoriais como a idade masculina, tempo de vasectomia, dosagens de FSH, LH e testosterona total e realização de reversão de vasectomia prévia Além destes foram analisados também dados cirúrgicos como a lateralidade da punção e a presença e motilidade dos espermatozoides recuperados.
Os dados foram apresentados como frequências absolutas e relativas no caso das variáveis categóricas e por meio de medidas de tendência central e variabilidade no caso das variáveis numéricas. As diferenças entre as proporções foram analisadas por meio do teste Qui-quadrado. Para a análise das comparações da média de duas amostras independentes, foi utilizado o teste t de Student. Assumindo o nível de significância de 0,05.
RESULTADOS E CONCLUSÃO: A Idade masculina e as dosagens hormonais não apresentaram significância estatística. Já O tempo de vasectomia apresentou diferença estatística entre os grupos sendo o que o tempo médio foi de 13,3 anos no grupo PESA e 16,3 anos no grupo TESA (p<0,05). Quando divididos por faixa de tempo de vasectomia, pacientes com 10 ou menos anos de vasectomia tiveram taxa de 14,1% de falha do PESA; entre 11 e 20 anos taxa de 23,1% e acima de 20 anos taxa de 37,0% (p<0,05). Em três casos (1,04%) foi necessária biópsia testicular para recuperação de espermatozoides.

Palavras Chave ( separado por ; )

PESA;TESA; RECUPERAÇÃO ESPERMÁTICA; FIV; VASECTOMIA