Dados do Trabalho


Título

BIOPSIA RENAL PERCUTANEA GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA EM CRIANÇAS NA POSIÇAO SUPINO-OBLIQUO-LATERAL

Resumo

Introdução: A primeira biopsia a céu aberto foi realizada no ano de 1901 e a guiada por imagem só cinquenta anos após, sendo na atualidade a biopsia renal percutânea (BRP) o padrão-ouro para diagnóstico e manejo das doenças renais. Entre as posições do paciente, tem-se o Decúbito prono com acesso posterior e o Decúbito Supino-Oblíquo-Lateral (DSOL) como principais opções, sendo o primeiro o mais difundido. O decúbito em prona oferece uma maior proximidade renal próximo da parede abdominal posterior e uma menor chance de lesão de alça intestinal, todavia esta não a ideal para pneumopatas e obesos, dado a pior visualização da agulha e piora quanto a expansão torácica. A DSOL, por sua vez, é capaz de promover nefrolitotomia percutânea com menor restrição dos movimentos torácicos e um melhor manejo do paciente anestesiado, sendo um posicionamento mais recente e em crescimento.
Objetivo: Avaliar a eficácia, segurança e reprodutibilidade da DSOL para BRP em crianças, comparando seus resultados com a população adulta submetida ao procedimento com a mesma abordagem.
Metodologia: Análise de 232 pacientes consecutivos submetidos a BRP para investigação de nefropatia parenquimatosa em rim nativo no Período: de fevereiro de 2008 a outubro de 2009 no Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Tais pacientes eram submetidos a anestesia local e/ou sedação. Após o procedimento realiza-se varredura ultrassonográfica perirrenal e lombar imediata e 2 horas após afim de diagnosticar possíveis complicações. Entre as intercorrências pós procedimento, elas foram autolimitadas e benignas, sem diferença estatística entre o grupo pediátrico e adultos.
Resultados: Dos 232 pacientes, 131 eram pediátricos (0 a 16 anos) e 101 adultos. Todos deste último grupo receberam anestesia local, enquanto que 45% dos pacientes pediátricos receberam anestesia local e 55% sedação. A DSOL teve inúmeras vantagens de conforto para o paciente e médico, ofertando melhor acesso e manejo do paciente. Amostragem tecidual foi satisfatória em 97% das biopsias e possibilitou conclusão diagnóstica em 99% dos casos.
Conclusão: A BRP na DSOL é reprodutível, segura e efetiva nos pacientes pediátricos, não se observou diferenças estatisticamente significantes com relação à qualidade dos fragmentos e a capacidade diagnóstica entre o grupo adulto e pediátrico, assim como nas complicações que tiveram índices iguais.

Palavras Chave ( separado por ; )

BIOPSIA RENAL ; BIOPSIA GUIADA POR IMAGEM ; POSICIONAMENTO

Área

Urologia Pediátrica

Instituições

IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO - São Paulo - Brasil

Autores

PEDRO IVO CALDERON RAVIZZINI, PEDRO DIEB MINGIONE, JOÃO JORGE SAAB FILHO, JORGE RICARDO GOIS E CUNHA, SERGIO PAOLILLO JUNIOR, GIOVANNI DERMATINO, MARCEL KENDI TAKADA, RAFAEL ERNST GRUNEWALD, LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO