Dados do Trabalho


Título

SERIAM OS PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS PREDITORES PROGNOSTICOS DE INSUCESSO DO TRATAMENTO NA BEXIGA HIPERATIVA EM CRIANÇAS?

Resumo

INTRODUÇÃO: A Bexiga Hiperativa é um diagnóstico clínico, que leva muitas crianças e seus pais a procurar ajuda médica. Sabe-se que os aspectos comportamentais e emocionais podem estar associados com esse quadro, inclusive sendo demonstrada uma maior prevalência de disfunção urinária nesse grupo de pacientes. Devido a essa grande relação epidemiológica entre ambas, é possível que crianças que sejam mais atingidas por problemas psicológicos também apresentem maior taxa de insucesso no tratamento da Bexiga Hiperativa. OBJETIVO: Avaliar se o escore Strenght and difficult Questionnaire (SDQ) é preditor prognóstico de insucesso no tratamento da Bexiga Hiperativa. MÉTODOS: Trata-se de um estudo internacional, multicêntrico, de coorte prospectiva envolvendo indivíduos entre 6 e 16 anos tratadas com TENS parassacral com diagnóstico de Bexiga Hiperativa. O banco de dados foi proveniente de 4 centros em 3 países diferentes: sendo dois na Austrália, um na Alemanha e um no Brasil, entre Junho de 2016 e Dezembro de 2019. Pacientes que apresentaram disfunção anatômica e/ou neurológica foram excluídos do estudo. Os questionários foram aplicados antes e após o tratamento, sendo o Dysfunctional Voiding Symptom Score (DVSS) e International Consultation on Incontinence Questionnaire - Pediatric Lower Urinary Tract Symptoms (ICIQ-CLUTS), para avaliação de intensidade de sintomas urinários e o SDQ para avaliação dos aspectos emocionais e comportamentais. A amostra foi de conveniência. RESULTADOS: 53 pacientes (28 meninas e 25 meninos) com uma média de idade de 8.64 ± 2.63 anos foram inclusos. Os dados foram expressos em mediana. A correlação entre o escore pré-tratamento do SDQ e o percentual de melhora dos sintomas urinários foi de -0,34; p=0,21. Quando a falha no tratamento foi considerada como melhora da intensidade de sintomas abaixo de 50%, a curva ROC apresentou uma área abaixo da curva de 0,608. Por outro lado, quando a falha no tratamento foi considerada apenas ausência de variação positiva do escore, a curva ROC apresentou área sob a curva de 0,673. CONCLUSÃO: Os aspectos emocionais e comportamentais, aferidos através do SDQ se apresentam como preditores prognósticos de insucesso no tratamento da Bexiga Hiperativa.

Palavras Chave ( separado por ; )

Preditor prognóstico; Bexiga Hiperativa; TENS parasacral; Aspectos Psicológicos

Área

Urologia Pediátrica

Instituições

CENTRO DE DISTÚRBIOS MICCIONAIS NA INFÂNCIA (CEDIMI) - Bahia - Brasil

Autores

HERBERT LEÃO SANTOS, PATRINA CALDWELL, JUSTINE HUSSONG, ALEXANDER VON GONTARD, GLICIA ESTEVAM DE ABREU, ANA APARECIDA BRAGA, MARIA LUIZA VEIGA, SANA HAMILTON, ANIRUDDH DESHPANDE, UBIRAJARA BARROSO JR.