Dados do Trabalho
Título
ADRENALECTOMIA BILATERAL MINI-VIDEOLAPAROSCOPICA: TRATAMENTO DE NEUROBLASTOMA EM CRIANÇA DE 05 MESES.
Resumo
INTRODUÇÃO: Os Neuroblastomas são tumores sólidos extracranianos mais comuns da infância. Representam o tumor de adrenal mais frequente na criança. Além de massa palpável, diarreia aquosa e encefalopatia mioclônica podem ocorrer, assim como acometimento de medula óssea, proptose bulbo-ocular e equimose peri-orbitária em casos avançados. Tumor apresenta relação genética, com ocorrência em 20% dos casos do oncogene N-MYC. A deleção do braço curto do cromossomo 1 ocorre em 25-35% dos casos. Padrão familiar é de herança autossômica dominante.
OBJETIVOS: Apresentar relato de caso de adrenalectomia bilateral mini-videolaparóscopia em criança de 5 meses de vida, diagnóstico de neuroblastoma.
MÉTODOS: Paciente, 5 meses de vida, diagnóstico pré-natal através de Ultrassonografia apresentando massa sólida em adrenais bilateralmente. Ressonância Nuclear Magnética pós-natal, revelando tumor em adrenal esquerda de 1,6cm, em adrenal direita de 3,7cm e lesões múltiplas em fígado, a maior de 2,7cm. Exames laboratoriais bioquímicos sem alterações. Realizada adrenalectomia bilateral mini-videolaparoscópica, com ressecção total a direita e parcial a esquerda. Utilizou-se 5 portais: 1 portal de 10mm; 3 portais de 5mm e 1 portal de 3mm. Tempo cirúrgico de 53 minutos: 18 minutos em adrenal direita e 35 minutos na esquerda. Drenagem no intra-operatório de 15ml de sangue, com colocação de dreno de Penrose n°2. Paciente mantido com sonda vesical de demora por 2 horas após o procedimento cirúrgico. Débito do dreno no 1° pós-operatório de 10ml e drenagem nula nas 24 horas seguintes. Tempo de internação 2 dias, com administração de dipirona 0,2ml 4/4 horas para analgesia, alta sem sonda ou dreno. Análise anatomo-patológica revelou neuroblastoma maligno, presença de margens cirúrgicas livres. Acompanhamento com a oncologia apresentou regressão das lesões hepáticas após quimioterapia.
RESULTADOS: Ressecção cirúrgica do tumor é altamente curativa, existindo espaço para quimioterapia e radioterapia. Crianças menores de 1 ano têm taxa de sobrevida e prognóstico melhores, especialmente se tumor de origem não-adrenal. Doença baixo risco se beneficia de cirurgia e ressecção de estruturas vizinhas não se justifica. Quimioterapia adjuvante pode ser empregada.
CONCLUSÃO: Trata-se de cirurgia factível por mini-videolaparoscópica em pacientes menores de 1 ano, proporcionando melhor recuperação pós-operatória, menor sangramento, tempo de internação e dor, além da resolução e cura da doença.
Palavras Chave ( separado por ; )
Neuroblastoma; Adrenalectomia bilateral; Mini Videolaparoscopia; Câncer pediátrico
Área
Uro-oncologia
Instituições
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia - Goiás - Brasil
Autores
WAGNER GALVAO KONO, JOAO ERNESTO PETRILLO LEAO, OCTAVIO ANTONIO DIAS NETO, DIEGO MENDES DOS REIS, RHAFAEL VINICIUS GONÇALVES GOMES SOUSA, CAIO AUGUSTO SANTANA LOPES, GABRIEL AMORIM DE BRITO, LUIS KLEBER FERNANDES DE LIMA, LEANDRO CARVALHO VITORINO, ROGERIO MENEZES DA SILVA