Dados do Trabalho

Título

SACROCOLPOPEXIA ROBOTICA NO TRATAMENTO DO PROLAPSO DOS ORGAOS PELVICOS

Resumo

Introdução: O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é doença uroginecológica muito comum em mulheres idosas. Causa inúmeros sintomas urogenitais e reduz significativamente suas qualidades de vida. A correção cirúrgica do POP é o método ideal de tratamento para essas pacientes, no entanto, a escolha da técnica e do acesso permanece controversa. Embora o acesso via vaginal tenha vantagem de diminuir a morbidade, apresenta taxas de sucesso de longo prazo consistentemente menores. Nas últimas décadas, o uso de sacrocolpopexia assistida por robô tornou-se cada vez mais popular, com resultados similares à cirurgia aberta e as vantagens de ser minimamente invasiva.
Objetivo: Apresentar a abordagem cirúrgica assistida por robótica na correção do POP com uso de tela em Y.
Métodos: Paciente de 61 anos, hígida, com história de 3 partos normais, evoluindo há 2 anos com sensação de “bola” na vagina e piora progressiva. Negava incontinência urinária. Há 6 meses com sintomas urinários de esvaziamento, com episódios de retenção urinária e necessidade de redução manual da vagina. Exame físico comprovando prolapso de cúpula vaginal grau IV, ausência de incontinência. Após exames complementares de imagem e estudo urodinâmico, optado por correção do POP por sacrocolpexia robótica com tela em Y com histerectomia.
Resultados: Sob anestesia geral, realizado pneumoperitônio, introduzido 3 trocateres de 8 mm e 1 trocater de 5mm. Realizado histerectomia total com pinça seladora de vasos, e retirada da peça pela vagina. Fechamento da vagina com fio escamado 2-0 contínuo. Dissecção do peritônio da parede vaginal anterior e posterior. Estendida abertura do peritônio pela parede direita da pelve, até o promontório.A extremidade distal da tela foi fixada com 6 pontos de fio inabsorvível mersilene 0 nas paredes anterior e posterior da vagina e três pontos para fixar a tela ao promontório, mantendo tensão leve. O procedimento é terminado com fechamento de todo peritônio, desde a vagina até o promontório, cobrindo toda a tela. Não houve sangramento e não foi utilizado dreno na cavidade. A paciente evoluiu bem com alta no 1º dia. Apresenta-se bem, satisfeita e sem queixas após seguimento de 15 meses.
A sacrocolpexia robótica é um procedimento efetivo e seguro para o manejo cirúrgico dos POPs, com baixos índices de reoperação ou complicações. Proporciona tratamento minimamente invasivo ao tratamento padrão ouro, sem os riscos e taxas de recidiva dos tratamentos com telas vaginais ou correção local

Palavras Chave ( separado por ; )

Prolapso; Prolapso vaginal; Órgão pelvico; Colpossacrofixação; Sacrocolpopexia; cirurgia robótica