Dados do Trabalho
Título
REIMPLANTE URETERAL COM PSOAS HITCH LAPAROSCOPICO – “PASSOS TECNICOS FACILITADORES”.
Resumo
A estenose de ureter tem incidência desconhecida na população geral, tendo como causas mais comuns: isquemia, trauma cirúrgico, malignidade, fatores congênitos e fibrose periureteral por endometriose. O reimplante ureteral com Psoas Hitch laparoscópico é uma possibilidade de abordagem terapêutica. Entretanto, esse é um procedimento que ainda possui poucas descrições na literatura. Apresentaremos a técnica do Psoas Hitch laparoscópico com seus passos técnicos facilitadores, utilizada em uma paciente de 32 anos, com história clínica de cólica nefrética e infecção do trato urinário recorrente, diagnosticada com estenose de ureter esquerdo, próximo do cruzamento dos vasos ilíacos, causada por endometriose. A urografia excretora evidenciou ureterohidronefrose com inversão dos cálices renais e a cintilografia renal dinâmica um padrão lentificado, ambos à esquerda. A técnica cirúrgica consistiu em sondagem e posicionamento da paciente (decúbito lateral e trendelemburg, ambos de 30 graus), colocação de 3 portais laparoscópicos direcionados a fossa ilíaca esquerda. Após revisão da cavidade iniciamos com abertura do peritônio parietal e deflexão medial do cólon esquerdo, visualização do músculo psoas e vasos ilíacos, seguida de identificação e dissecção do ureter até o nível da estenose com posterior secção do mesmo. Abertura do espaço de Retzius e lise de aderências, com liberação das paredes anterior e laterais da bexiga. Fixação da cúpula vesical ao músculo psoas com ponto duplo de fio poliglactina 1-0. Abertura do detrusor até a herniação da mucosa vesical. Passagem de cateter duplo J por via transcutânea com abocath nº14, realização de anastomose ureterovesical com fio de poliglactina 4-0, sutura contínua sem tensão. Detrusorrafia sobre o ureter para mecanismo anti-rrefluxo, proposto pela técnica de Lich-Gregoir. Colocado dreno de penrose. O tempo cirúrgico foi de 170 minutos e drenagem de 120 ml (urina e sangue) no intra-operatório. Paciente recebeu alta com 48 horas. Em geral, a experiência clínica do reimplante ureteral com Psoas Hitch laparoscópico é bastante limitada na literatura. No entanto, com base nos dados de acompanhamento a curto e médio prazo os resultados clínicos parecem ser satisfatórios em mãos experientes. O reimplante ureteral com bexiga psóica por via laparoscópica se mostrou factível, principalmente com o conhecimento dos passos técnicos facilitadores, com bom resultado estético e funcional, além de rápida recuperação e satisfação.
Palavras Chave ( separado por ; )
bexiga psóica via laparoscópica; Psoas Hitch; passos técnicos facilitadores; endometriose; estenose de ureter
Área
Transplante Renal / Miscelânea
Instituições
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE GOIANIA - Goiás - Brasil
Autores
ROGERIO MENEZES SILVA, LEANDRO CARVALHO VITORINO, TIAGO MORAES ARAUJO, OCTAVIO ANTONIO DIAS NETO, GABRIEL AMORIM BRITO, CAIO AUGUSTO SANTANA LOPES, LUIS KLEBER FERNANDES LIMA, JOAO ERNESTO PETRILLO LEAO, WAGNER GALVAO KONO, DIEGO MENDES REIS