Dados do Trabalho
Título
DOR NO POS-OPERATORIO E ASPECTOS CIRURGICOS A PARTIR DE DIFERENTES METODOS ANESTESICOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A PROSTATOVESICULECTOMIA RADICAL PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIA MALIGNA DE PROSTATA
Resumo
Introdução: Atualmente, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. A prostatovesiculectomia radical é o método terapêutico de escolha para o câncer de próstata não metastático. Sendo um procedimento cirúrgico oncológico de grande porte, sua execução depende de métodos anestésicos para bloquear ou temporariamente remover a sensibilidade à dor, além de melhorar reduzir o eventual desconforto pós-operatório. Objetivos: Comparar a dor no período pós-operatório a partir de dois diferentes métodos anestésicos em pacientes submetidos a prostatovesiculectomia radical para tratamento de neoplasia maligna de próstata. Parte-se da hipótese de que ao utilizar diferentes técnicas, com tipos diferentes de anestesia, a intensidade da dor referida pelo paciente pode ser modulada, melhorando as respostas fisiológicas de recuperação pós-operatória e reduzindo a necessidade de uso de opioides para analgesia no pós-operatório. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico prospectivo, randomizado, cego, realizado com homens acometidos por adenocarcinoma de próstata e que foram submetidos a tratamento cirúrgico de prostatovesiculectomia radical no Hospital Regional Do Oeste, em Chapecó. O protocolo de avaliação consistiu em comparar dois grupos de pacientes submetidos a tipos diferentes de anestesia para a prostatovesiculectomia, um grupo recebeu somente anestesia geral e o outro anestesia geral com raquianestesia. Após, houve o preenchimento de um questionário com dados pré-operatórios, cirúrgicos e pós-operatórios. O pesquisador que aplicou o questionário e realizou a análise dos dados foi cegado para o tipo de anestesia utilizado. Resultados e discussão: No total, obteve-se um N de 50, sendo 25 pacientes em cada grupo. Após questionamento sobre a dor 15 minutos depois do procedimento, em uma escala de 0 (nenhuma dor) a 10 (dor máxima), não ocorreu diferença significativa de percepção da dor entre os grupos. No entanto, notou-se uma diferença no uso e necessidade de opioides no pós-operatório. O grupo que recebeu anestesia geral junto com raquianestesia teve menos necessidade de utilização dessa classe de medicamentos (p = 0,002). Conclusão: Concluiu-se que a utilização de anestesia geral com raquianestesia reduz a necessidade de uso de opioides para analgesia no pós-operatório e que não há diferença de dor após a prostatovesiculectomia ao utilizar diferentes técnicas anestésicas.
Palavras Chave ( separado por ; )
câncer de próstata; anestesia geral; raquianestesia
Área
Uro-oncologia
Instituições
Unochapecó - Santa Catarina - Brasil
Autores
GUILHERME WICKERT, HENRIQUE GRIGOLO, MARCELO ZENI, SAMUEL SPIEGELBERG ZUGE, LIA REGINA DE SAMPAIO, GIOVANA GOMES NOL, LEANDRO BERNARDES, PAOLA BOTTON DAL PAZ