Dados do Trabalho
Título
DESCRIÇAO TECNICA “STEP-BT-STEP” DA CORREÇAO DE FISTULA VESICO-VAGINAL COM REIMPLANTE URETERAL POR VIA LAPAROSCOPICA
Resumo
INTRODUÇÃO: A fístula vesicovaginal é uma comunicação anormal entre a bexiga e a vagina, causando uma perda contínua de urina através do canal vaginal. As fistulas vesicovaginais e as lesões ureterais distais são resultados principalmente, de lesões obstétricas e iatrogênicas decorrentes de cirurgias ginecológicas e em geral não são encontradas associadas. A cirurgia reconstrutiva pode ser feita por via aberta, vaginal ou minimamente invasiva. A abordagem vaginal, sempre que possível, deve ser escolhida, afinal essa associa-se à alta hospitalar mais precoce e morbidade menor quando comparada à via abdominal. Contudo em fístulas mais complexas é preterível a escolha da via abdominal. Tal procedimento consiste na individualização e exposição ampla da mucosa vaginal ao redor da fístula, uma hemostasia rigorosa e aproximação dos tecidos com sutura continua sem provocar isquemia, utilizando fios absorvíveis.
OBJETIVO: Apresentar vídeo com descrição de técnica de correção de fístula vesico-vaginal associada a reimplante ureteral por via laparoscópica.
MÉTODOS: Demonstração técnica através de vídeo sobre a técnica de correção de fístula vesico-vaginal por via laparoscópica.
RESULTADOS: A cirurgia teve duração de 170 minutos, com perda de 150ml de sangue.
Passo 1: Abordagem por cistoscopia com identificação da fístula supratrigonal.
Passo 2: Dissecção e exposicação da fístula, secção ureteral direita e espatulação. Identificado fio guia em fístula vesico-vaginal.
Passo 3: Exposição da fístula e dissecção de mucosa vesico-vaginal, separação dos planos vesico-vaginais.
Passo 4: Rafia de bexiga em dois planos
Passo 5: Rafia da cúpula vaginal
Passo 6: Interposição de aumento entre a sutura vesical e vaginal
Passo 7: Fixação da bexiga no músculo Iliopsoas
Passo 8: Reimplante ureteral extravesical com suturas contínuas sobre cateter de duplo J.
O duplo J foi mantido por 4 semanas e a sonda vesical de demora por 3 semanas. A paciente evoluiu sem complicações intra e pós-operatórias, com resolução e controle do quadro de incontinência.
CONCLUSÃO: Embora as lesões iatrogênicas possam se apresentar de maneiras diversas, a padronização técnica das cirurgias reconstrutivas é fundamental para tornar os procedimentos reprodutíveis. Mesmo cirurgias de alta complexidade podem ser realizadas por via minimamente invasiva se a técnica cirúrgica for sistematizada.
Palavras Chave ( separado por ; )
Fístula; Vesicovaginal; Reimplante; Ureteral; Laparoscopia
Área
Trauma / Uretra / Urologia Reconstrutora
Instituições
Hospital Cardio Pulmonar - Bahia - Brasil, Hospital da Mulher - Bahia - Brasil
Autores
JÚLIA JUNCAL AMORIN, LUCAS LEAL, EVARISTO PEIXOTO, FABIO SEPULVEDA, LUCAS TEIXEIRA BATISTA, RAFAEL R TOURINHO-BARBOSA