Dados do Trabalho


Título

NOVAS TERAPIAS ANTIANDROGENICAS ISOLADAS OU EM ASSOCIAÇAO AO BLOQUEIO CENTRAL? REVISAO SISTEMATICA DA EFICACIA E SEGURANÇA EM PACIENTES COM CANCER DE PROSTATA RESISTENTE A CASTRAÇAO

Resumo

Introdução: O câncer de próstata (CP) é a neoplasia mais comum em homens no Brasil e no mundo e constitui a segunda causa de morte por câncer. Na doença metastática, o tratamento padrão é a terapia de supressão androgênica (ADT), que deve ser mantida indefinidamente mesmo nas situações de resistência à castração. Com o advento dos novos antiandrogênicos, há evidências limitadas para a aplicação clínica dessas terapias hormonais, isoladamente ou em combinação com ADT, que suprimem fortemente a sinalização de androgênio e que poderiam poupar os efeitos colaterais tipicamente associados à castração convencional e evitar gastos desnecessários.
Objetivos: Avaliar a eficácia e segurança do uso dos novos antiandrogênicos (segunda geração) em combinação ou não, com a terapia de supressão androgênica tradicional (ADT) em pacientes com câncer de próstata metastáticos resistentes à castração.
Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática sem produção de metanálise, realizada de acordo com as recomendações da Cochrane Collaboration e cadastrada no PROSPERO com o número CRD42021233231. Realizada busca nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, LILACS e o Cochrane Register of Controlled Trials. Foram incluídos estudos randomizados, estudos de coorte e de vida real.
Resultados: Foram identificados 2182 artigos sendo 3 selecionados para revisão sistemática: 2 estudos randomizados prospectivos de fase II e um estudo retrospectivo. Devido à heterogeneidade dos estudos e dos desfechos, não foi possível realizar metanálise. Total de 252 pacientes com média de idade de 72 anos. Em 2 estudos a comparação foi da abiraterona com ou sem ADT e no terceiro estudo, comparação de 3 braços: ADT com abiraterona, apalutamida isolada e abiraterona com apalutamida. Em relação aos desfechos dos estudos, como por exemplo, redução do PSA, o braço do antiandrogênio sem ADT não apresentou resultados inferiores em relação ao tratamento padrão da combinação.
Conclusões: Apesar dos estudos apresentarem uma amostra pequena e com pouco poder estatístico, os resultados nos mostram que o braço da terapia isolada com antiandrogênico sugere ser seguro e promissor nesse cenário de resistência à castração. Estudos maiores são necessários para avaliar com maior clareza os benefícios dessa terapia isoladamente.

Palavras Chave ( separado por ; )

antiandrogênicos de segunda geração, castração, associação, câncer de próstata, bloqueio hormonal

Área

Uro-oncologia

Instituições

UroScience, PUC-Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

CARLA M. SALGADO, HERNEY A. GARCÍA-PERDOMO,, LEONARDO O. REIS