Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA INCIDENCIA DE LESOES BENIGNAS EM PACIENTES SUBMETIDOS A NEFRECTOMIAS PARA TRATAMENTO DE LESOES SUSPEITAS DE MALIGNIDADE EM HOSPITAL UNIVERSITARIO
Resumo
Introdução: As neoplasias renais são os tumores urológicos de maior letalidade, sendo a nefrectomia considerada padrão ouro para seu tratamento. Os achados clínicos e radiológicos não permitem distinguir entre neoplasia benigna e maligna. A incidência de lesões benignas é de 10-20%. Dentre essas, o oncocitoma é a lesão mais comum, enquanto que o carcinoma de células claras é a lesão maligna com maior incidência. Portanto, é importante diferenciar os dois tipos para o adequado manejo das massas renais. Objetivo: demonstrar comparativamente a incidência de massas renais benignas e malignas em pacientes submetidos a nefrectomia radical e parcial, bem como suas características em hospital universitário. Método: realizado estudo longitudinal, observacional, retrospectivo, em que foram avaliados pacientes submetidos a nefrectomia entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020, avaliando-se características do próprio tumor: tamanho, estadiamento, escore RENAL e anatomopatológico. Resultados: Durante os 5 anos analisados, 82 nefrectomias foram realizadas, sendo estas: 74 (90,2%) malignas e 8 (9,8%) benignas. O tipo histológico maligno mais comum foi o carcinoma células claras (72%), seguido pelo carcinoma papilífero (12,2%). As massas benignas mais comuns foram o oncocitoma e o angiomiolipoma, ambos com frequência de 4,9%. Em relação ao tipo de cirurgia, 47,5% foram produto de nefrectomia parcial videolaparoscópica, 41,3% de radical videolaparoscópica, 8,8% de radical aberta, 1,3% de parcial aberta e 1,3% de radical convertida. Dentre as parciais, 81,5% foram decorrentes de neoplasias malignas. Todos os tumores benignos foram produtos de cirurgia parcial, com maior preservação de parênquima. Em 50% dos pacientes com angiomiolipoma, a tomografia era sugestiva deste tipo histológico, enquanto que nos outros 50% não havia tal suspeita. Avaliando o R.E.N.A.L. score, 21,6% eram de alta complexidade, 28,4% eram de média e 50% eram de baixa, dentre as massas malignas. Além disso, todos os oncocitomas foram classificados como de baixa complexidade e a maior dimensão desse tumor encontrado foi de 36 mm. Conclusão: a incidência de massas renais benignas encontrada converge com os dados da literatura. A tomografia ainda não é capaz de distinguir entre lesão maligna ou benigna. Portanto, a nefrectomia ainda é fundamental para conduta adequada. Contudo, devido às menores dimensões dos tumores benignos, é possível uma intervenção com maior preservação de parênquima.
Palavras Chave ( separado por ; )
tumor renal, nefrectomia, oncocitoma
Área
Uro-oncologia
Instituições
UFPR - Paraná - Brasil
Autores
IVAM VARGAS MARTINS DA SILVA, OSNY DE BARROS JUNIOR, GUILHERME EIJI YAMAGUTO, VITOR JORGE DUCATTI, LUCAS DA SILVA WOLFF, LEONARDO AUGUSTO DOS SANTOS, LUCIANO RICARDO SFREDO, DANIEL AUGUSTO MAUAD LACERDA, BRUNO CESAR MALTAURO MOLINA CAMPOS, FABIANE ZIVANOV ROXO