Dados do Trabalho
Título
HIPOATIVIDADE DETRUSORA MASCULINA: INCIDENCIA, CORRELAÇOES CLINICAS E URODINAMICAS
Resumo
INTRODUÇÃO: A despeito de sua importância e prevalência, a hipoatividade detrusora (HD) tem sido colocada em um segundo plano. Reconhecer que a HD se associa a um amplo espectro de situações é essencial para o seu manejo adequado OBJETIVOS: Determinar a prevalência de HD em homens submetidos a urodinâmica e suas relações. Avaliar sintomas, fatores associados ou desencadeantes correlacionados ao diagnóstico urodinâmico de HD em homens e se o EUD determinou mudança de conduta para esses pacientes.
MÉTODOS: Análise retrospectiva de um banco de dados urodinâmicos no ABC paulista. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a EUD por LUTS (Sintomas do trato urinário inferior), no período de junho de 2018 a junho de 2021. Para o diagnóstico de HD, foi utilizado como referência o índice de contratilidade vesical (ICV) < 100.
RESULTADOS: De um total de 112 homens avaliados, 89 foram incluídos no estudo, após exclusão dos indivíduos com bexiga neurogênica. Desses, 45% apresentavam HD. A idade média desses indivíduos foi 63 anos (15- 86); 22,5% tinham Diabetes Mellitus (DM) e 37,5%, hipertensão arterial sistêmica (HAS); 25% deles apresentavam sobrepeso. 30% desses pacientes realizaram o exame devido retenção urinária aguda (RUA); 2% por infecção de repetição e o restante por LUTS refratário ao tratamento clínico. Dos pacientes em RUA, ⅔ apresentavam ICV <70, inferindo menor reserva funcional. O IPSS (International Prostatic Symptoms Score) médio observado para esses pacientes foi de 16,6 (1– 33), sendo que 58% deles apresentavam sintomatologia moderada ou grave. Após retorno com seu médico, em 60% dos casos o exame não modificou a conduta do caso; 37,5% dos pacientes estão em preparo pré-operatório, 25% mantiveram ou iniciaram cateterismo limpo intermitente e 37,5% deles foram operados com bons resultados.
CONCLUSÃO: A HD foi uma condição prevalente nos EUD realizados em indivíduos do sexo masculino. Pode estar associada, ou não, a queixas clínicas importantes, ao desenvolvimento de complicações e a outros achados urodinâmicos; no entanto, sua presença ainda carece de uma determinação específica de conduta por parte do urologista e da determinação de critérios prognósticos significativos, sobretudo no momento de definição da intervenção, uma vez que em 60% dos casos, o exame não modificou a consulta clínica prévia.
Palavras Chave ( separado por ; )
hipoatividade detrusora; urodinâmica
Área
Uroneurologia / Disfunção Miccionais / Urodinâmica
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA DO ABC - São Paulo - Brasil
Autores
CAIO CESAR CINTRA, MILENA PINHEIRO MACEDO MARQUES, OTAVIO AUGUSTO MATOS GONCALVES, THALITA DUTRA SILVA, MARIA CLAUDIA BICUDO