Dados do Trabalho
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DE NEOPLASIA MALIGNA DE PROSTATA NO BRASIL ENTRE 2017 E 2020
Resumo
Introdução: O câncer de próstata é o 2º mais comum no Brasil. Em estados brasileiros com melhores IDH, é maior a taxa de incidência, visto que a expectativa de vida também é maior, bem como os métodos diagnósticos são mais acessíveis. Mais de 75% dos casos se concentram em maiores de 65 anos. Além da idade, outros fatores de risco são a obesidade, histórico familiar de parente de primeiro grau com câncer de próstata diagnosticado antes dos 60 anos e indivíduos negros.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de neoplasia maligna de próstata no Brasil.
Métodos: Estudo epidemiológico baseado nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil de 2017 a 2020.
Resultados: Estima-se que a cada ano surgem mais de 60 mil casos de câncer de próstata no Brasil, e entre 2017 e 2020, o DATASUS coletou dados sobre 128.242 casos. O número de internações por câncer de próstata no Brasil pouco variou nesses 4 anos: 31527 em 2017, 32654 em 2018, 34749 em 2019 e uma leve queda para 29312 internações em 2020. Dentre todas essas internações, é perceptível uma concentração na região Sudeste com 65955, cerca de 51% do total. As regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste tiveram respectivamente 3739, 30868, 19898 e 7782 internações. Os pardos e negros foram os mais acometidos, somando 59166 internações nesse período. Já os indígenas foram os menos acometidos, somando apenas 31 internações, principalmente pelo pouco acesso à informação e saúde. Ao longo dos 4 anos analisados, as faixas etárias mais acometidas foram 60 a 69 anos (50013), seguido de 70 a 79 anos (41402), depois 50 a 59 anos (17595) e por fim, maiores de 80 anos (17284). A mortalidade ao longo desses 4 anos foi maior em homens entre 70 e 79 anos, com 4569 óbitos.
Conclusões: Já está comprovado que a dieta com menos gordura e mais alimentos saudáveis ajuda a reduzir o risco de câncer, além de hábitos como atividade física, não fumar e redução do consumo de álcool. Porém obstáculos ainda existem na busca do diagnóstico precoce do câncer de próstata, como a barreira cultural ao exame de toque e a dificuldade de acesso e qualidade do sistema de saúde em algumas regiões. Quanto ao tratamento, necessita-se identificar qual o estágio da doença, para decidir qual será o método dentre as opções existentes.
Palavras Chave ( separado por ; )
Próstata; Câncer; Neoplasia; Epidemiologia
Área
Uro-oncologia
Instituições
Centro Universitário Barão de Mauá - São Paulo - Brasil
Autores
GABRIEL GOMIDE MARQUEZ, JÚLIA CARMO VILELA, FELIPE CARLOS SANTANA ANDRADE SILVA, GIUSEPPE COMIN MALAFATTI SILVA, JOAO VITOR ALBANEZI SERON, ANA CAROLINA SOARES SALVIANO, CAIO ALVES SANTOS