Dados do Trabalho
Título
TECNICA DE PROSTATECTOMIA RADICAL ROBOTICA SEM USO DE CLIPS HEMOSTATICOS E PRESERVAÇAO DOS ELEMENTOS DO ESPAÇO DE RETZIUS
Resumo
Introdução: A prostatectomia radical pode levar a efeitos colaterais indesejáveis, como incontinência urinária e disfunção sexual, tendo um impacto considerável na qualidade de vida do paciente. A continência urinária pós prostatectomia radical é alcançada através de técnicas complexas de preservação e fixação de musculatura e estruturas ligamentares (ligamento puboprostático e arco tendíneo), preservação da inervação Avaliamos uma técnica de prostatectomia robótica sem a utilização de clips, com preservação dos ligamentos puboprostáticos, feixes vasculonervosos e fascia endopélvica. Ademais da redução de custos desta técnica, é necessário provar a não-inferioridade da mesma em controle oncológico, sangramento, continência e potência, para que seja amplamente utilizada. Objetivo: Com este estudo pretende-se avaliar a não-inferioridade da técnica cirúrgica em prostatectomia robótica sem a utilização de clips hemostáticos e com preservação dos ligamentos puboprostáticos. Complementarmente, elaborou-se uma ferramenta de coleta de dados para o desenvolvimento de estudos adicionais. Materiais e métodos: Foram analisados os pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica por um único cirurgião no período de Janeiro à Junho de 2021, totalizando 23 pacientes.As cirurgias foram realizadas com 4 braços robóticos da plataforma Da Vinci Xi ou Si em hospitais da rede privada do Rio de Janeiro. Na técnica cirúrgica empregada foram preservados os ligamentos puboprostáticos e o feixe vasculonervoso uni ou bilateralmente. Não foram utilizados clips hem-o-lock. O follow-up foi de médio foi de 82 dias. Resultados: O sangramento médio foi de 256 ml e o tempo médio de console foi de 80 minutos. O tempo médio de internação foi de 2,5 dias. Houve complicação pós operatória Clavien-Dindo IIIa em um paciente. Drenagem cavitaria foi utilizada em 4 pacientes, e apenas um apresentou alto débito. A sonda vesical foi retirada com 7 dias de pós operatório. Obteve-se continência imediata – uso de 1 pad de segurança - em 19 (86,4%), aumentando para 20 com o seguimento do follow-up. Na visita de 21 dias 4 pacientes estavam com potência sexual preservada (18,2%). O histopatológico revelou ISUP2 em 63,2% dos casos, e 5 casos de margens circunferências comprometidas (26%), sem acometimento de margens vesicais ou uretrais. Conclusão: A técnica foi eficaz em reduzir custos, e oncologicamente adequada. Bons resultados de continência foram obtidos.
Palavras Chave ( separado por ; )
prostatectomia; radical; robótica; clip;
Área
Uro-oncologia
Instituições
UERJ - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
MARINA RAMIRES ALONSO COSTA, VICTOR TEIXEIRA DUBEUX, PEDRO LAGO FERRER, ANDRE REZEK